A parábola imperdível dos concurseiros e oabeiros

Por Luis Flávio Gomes



Caros amigos concurseiros e oabeiros:

Alexandre Rangel no seu livro As mais belas parábolas de todos os tempos, v. I, p. 29 (Belo Horizonte: Editora Leitura, 2002) narra uma parábola que encaixa com perfeição no perfil desafiador do concurseiro e do oabeiro. É a seguinte:
“Um velho sábio ensinava ao povo ser trabalhador e cauteloso.

“Nada de bom pode vir a uma nação cujo povo reclama e espera que outros resolvam seus problemas. Deus dá as coisas boas da vida a quem lida com os problemas por conta própria”.
“Uma noite, enquanto todos dormiam, ele pôs uma enorme pedra na estrada, impedindo a passagem. Escondeu-se e ficou observando. Primeiro apareceu um fazendeiro com uma carroça carregada de sementes. Ele se desviou da pedra e saiu praguejando: “Por que esses preguiçosos não mandam retirar essa pedra da estrada”.
“Logo depois veio um jovem soldado que tropeçou na pedra. Se irritou, praguejou, reclamou, mas nada fez para desobstruir o caminho. Todos que passaram por lá resmungavam, reclamavam, mas ninguém fez nada para retirar aquela pedra da estrada.
“Em seguida apareceu a filha do moleiro que, embora cansada, resolver remover a grande pedra. Empurrou, empurrou, puxou para cá, puxou para lá e depois de tanto insistir conseguiu livrar o caminho, colocando a pedra na lateral da estrada. Para sua surpresa, encontrou uma caixa debaixo da pedra. Ergueu-a. Era pesada, pois estava cheia de alguma coisa. Na sua tampa havia os seguintes dizeres:
“Esta caixa pertence a quem retirar a pedra do caminho”.
“Ela abriu a caixa e descobriu que estava cheia de ouro. Ficou muito feliz. Foi para sua casa. Quando o fazendeiro e o soldado souberam do ocorrido, correram para o local. Revolveram o pó da estrada com os pés, na esperança de encontrar um pedaço de ouro. Nada acharam.
“O sábio disse: “Meus amigos, com frequencia encontramos obstáculos e fardos no nosso caminho. Podemos reclamar em alto e bom som enquanto nos desviamos deles se assim preferirmos, ou podemos erguê-los e descobrir o que eles significam. A decepção é normalmente o preço da preguiça”.
Caros amigos concurseiros e oabeiros (e quem mais estiver lendo essa parábola): nós nos movemos em razão das nossas necessidades (isso é normalmente certo). A regra, portanto, é a zona do conforto, do comodismo, da inércia, da preguiça.
Mas saiba: você não chega a lugar nenhum quando você tem vontade forte, mas uma fraca disposição para obedecer-lhe (Carlos Drummond de Andrade, brasileiro, poeta). O pior naufrágio, na nossa vida, é daquele que nunca saiu do porto (Amyr Klink, brasileiro, navegador). Se você nada faz para mudar sua realidade, vai continuar conseguindo o que você sempre conseguiu (Anthony Robbins, americano, escritor). A preguiça anda tão devagar que a pobreza [a decepção, o insucesso] facilmente a alcança (Confúcio, chinês, filósofo). Trabalho duro tem um retorno futuro, preguiça retorna agora (Steven Wright, americano, ator).

Avante!

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