Dez Perguntas para Albert Einstein



Por Harry Peacock
Einstein não morreu. Na verdade morreu, sim, no dia 17 de abril de 1957. Mas como ele vive em nossos corações, abriu uma exceção para a gente e respondeu a dez perguntas pelo método harrypeacokiano. Na verdade, nosso encontro com o dr. Einstein foi tão agradável que as perguntas acabaram se transformando em um baita bate papo. Como o próprio Einstein diria, “Tudo acontece na hora certa.
Tudo acontece exatamente quando deve acontecer.” Pérolas de sabedoria que o blog da Dez traz com exclusividade para você, leitor. 
Harry Peacock:
1. Doutor Einstein, para quem o senhor botaria a língua?
Albert Einstein:
- Detesto, de saída, quem é capaz de marchar em formação com prazer ao som de uma banda. Nasceu com cérebro por engano; bastava-lhe a medula espinhal.
H.P.:
2. Penso, logo existo?
A.E.:
- Não basta ensinar ao homem uma especialidade, porque se tornará assim uma máquina utilizável e não uma personalidade. É necessário que adquira um sentimento, senso prático daquilo que vale a pena ser empreendido, daquilo que é belo, do que é moralmente correto. A mente que se abre a uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original.
H.P.:
3. Personalidade e idéia. Soa perfeito para a propaganda, onde atitude e criatividade fazem a diferença.
A.E.:
- Um raciocínio lógico leva você de A a B. A imaginação leva você a qualquer lugar que você quiser. Quem nunca errou nunca experimentou nada novo.
H.P.:
4. Mas, às vezes, é muito difícil conseguirmos aplicar idéias inovadoras nas duras exigências do dia-a-dia de uma agência.
A.E.:
- Os problemas significativos que enfrentamos não podem ser resolvidos no mesmo nível de pensamento em que estávamos quando os criamos. Nem tudo que se enfrenta pode ser modificado, mas nada pode ser modificado até que seja enfrentado.
H.P.:
5. Contudo, tentar emplacar sempre alta criatividade em tudo o que se faz parece insano, não acha?
A.E.:
- Insanidade é fazer sempre as mesmas coisas esperando resultados diferentes.
H.P.:
6. Seria essa a fórmula do sucesso?
A.E.:
- Se A é o sucesso, então A é igual a X mais Y mais Z. O trabalho é X; Y é o lazer; e Z é manter a boca fechada.
H.P.:
7. Estabelecer uma fórmula para o sucesso não contraria o seu pensamento anterior? Não é determinar o destino matematicamente?
A.E.:
- Temos o destino que merecemos. O nosso destino está de acordo com os nossos méritos.
H.P.:
8. O mérito, então, está dentro de nós?
A.E.:
- O ser humano vivência a si mesmo, seus pensamentos como algo separado do resto do universo – numa espécie de ilusão de ótica de sua consciência. E essa ilusão é uma espécie de prisão que nos restringe a nossos desejos pessoais, conceitos e ao afeto por pessoas mais próximas. Nossa principal tarefa é a de nos livrarmos dessa prisão, ampliando o nosso círculo de compaixão, para que ele abranja todos os seres vivos e toda a natureza em sua beleza. Ninguém conseguirá alcançar completamente esse objetivo, mas lutar pela sua realização já é por si só parte de nossa liberação e o alicerce de nossa segurança interior.
H.P.:
9. Vou levar esta frase para a próxima reunião de líderes. Falando nisso, o que o senhor acha de reuniões?
A.E.:
- Uma reunião em que todos os presentes estão absolutamente de acordo é uma reunião perdida.
H.P.:
10. Muito obrigado, Dr. Einstein. Deixe uma mensagem de despedida para os nossos leitores.
A.E.:
- Procure ser um homem de valor, em vez de ser um homem de sucesso. O valor do homem é determinado, em primeira linha, pelo grau e pelo sentido em que se libertou do seu ego. 


Ego é o centro da consciência inferior, diferente do Eu, que é centro superior da consciência. O Ego é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais.

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